Revista Videogame de Maio de 1991

Apesar de ter o seu design adequado para o mercado americano e, provavelmente outro nome, a Nintendo garante que as características técnicas do modelo japonês serão mantidas. Para quem gosta de dados técnicos, a resolução gráfica máxima do modelo japonês é de 512 x 448 pixels (a quantidade de pontos na tela), estão disponíveis até 32.718 cores, das quais 2.048 podem ser apresentadas na tela ao mesmo tempo, e ainda oito "vozes" simultâneas de som, geradas por um processador digital semelhante ao utilizado nos toca-discos a laser. Só para efeito de comparação, a versão de 8 bits apresenta resolução de 256 x 192 pixels, 16 cores simultâneas e três canais de som.

Para controlar tantas possibilidades, o Super Famicom conta com dois microprocessadores. O processador central, que controla todas as funções de jogo e cenários, é o 65816, de 16 bits, e que é uma versão do tradicional 6502 de 8 bits usado no Nintendo tradicional.  (...) O segundo processador, que controla os recursos sonoros, é de 8 bits, produzido pela Sony. Além dos oito canais, este processador garante som estéreo da melhor qualidade e ainda um leve efeito eco, que reproduz a sensação de se estar jogando no proprio ambiente do jogo.

Entretanto, basta uma olhada nos controles para entender o lado prático de tanta sofisticação. Além dos tradicionais botões A, B, Start, Select e o direcional em forma de cruz (control pad), existem mais quatro, denominados X, Y, L e R. Os botões X e Y localizados logo acima de A e B, representam outros movimentos do personagem, aumentando em muito as possibilidades do jogo e, lógico, requerendo mais habilidade do jogador. E os botões L e R (de left, esquerda e right, direita), localizados na parte posterior do controle, permitem que a tela seja "rolada" para a frente ou para trás, sem que se movimente o personagem. Isto permite que a cena seguinte ou a que ficou para trás seja revista ou antecipada pelo jogador. É claro que o maior astro da empresa não poderia ficar de fora desta "revolução". Assim, Mario está de volta, desta vez em um excitante jogo, o Super Mario World. Muito parecido com o já clássico Super Mario Bros. 3. Mario 4, como já está sendo chamado, apresenta muitas outras possibilidades aos jogadores; todos os oito botões do controle são usados neste jogo. Como na versão de 8 bits, Mario começa em um grande mapa, e deve encontrar e liber a familia real do Reino dos Cogumelos, aventurando-se por oito novos mundos. Só que existem 96 fases a serem cumpridas no total, das quais 20 são obrigatórias para que se chegue ao final do jogo. Contudo, os mais habilidosos vão perceber que as fases restantes podem levar a novos caminhos, revelando um segundo e surpreendente final

Videogame, edição 03, páginas 06 e 07